quarta-feira, 2 de junho de 2010

III ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS
















Discutindo em grupos a quantas anda o Currículo Escolar nas escolas da rede municipal de Aracruz. Trabalho muito interessante!





sábado, 8 de maio de 2010

II Encontro de Formação de Pedagogos


Os relatos de experiências sobre o Conselho de Classe na escola, foram o ponto alto desse encontro.


A Pedagoga Maria Luiza Pandolfi Sampaio apresentou o relato focando no Conselho de Classe de 6 ao 9 ano da EMEF Luiza Silvina Jardim Rebuzzi.







As Pedagogas Andresa Angela Pandolff Santos e Regina Ramos Azeredo Fraga relataram o Conselho de Classe, focando no Conselho de Alunos - trabalho desenvolvido no CMEB Professora Maria Luiza Devens.





A Pedagoga Marli da Penha Vieira Gomes dos Santos relatou a organização e a avaliação do Conselho de Classe realizado nas EMPIs Irajá, Pau Brasil e Três palmeiras.


O grupo demonstrou muita atenção e interesse nos relatos.
Parabéns às Pedagogas que fizeram o relato!


No próximo Encontro, você pedagogo participante da formação, poderá estar fazendo o seu relato. Participe!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Li, Gostei e Recomendo...

Olá pedagogas da Educação Infantil,
No nosso primeiro encontro discutimos sobre as práticas de leitura e escrita na Educação Infantil a partir dos objetivos e conteúdos contemplados na Proposta Curricular do Munícipio. Pensando nisso,durante o fim de semana li o livro " O desenvolvimento da linguagem oras e escrita em crianças de 0 a 5 anos" de Stela Miller e Suely Amaral, nela as autoras escrevem como se dá o desenvolvimento dá linnguagem oral e escrita na criança 0 a 6 seis anos e,também sugere uma série atividades de escrita, leitura e oralidade de acordo com os princípios da proposta, ou seja, atividades em que essas linguagens são desenvolvidas em contextos nos quais
se fazem necessárias (função social).
Vale a pena conhecê-lo, pois poderá subsidiar o seu trabalho com os professores.Segue abaixo as imagens do livro.



domingo, 4 de abril de 2010

sábado, 27 de março de 2010

O Tempo


“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.”
Carlos Drummond de Andrade


'' ... O tempo é algo que não volta atrás.
Por isso plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores ... ''
William Shakespeare


“O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.”
William Shakespeare

TEMPOS NA ESCOLA CONJUGANDO CHRÓNOS E KAIRÓS

TEMPOS NA ESCOLA CONJUGANDO CHRÓNOS E KAIRÓS
Texto de Mônica Andréa Porto Louvem – Fragmentos da Dissertação de Mestrado INCLUSÃO ESCOLAR EM ANÁLISE: MOVIMENTOS AUTOGESTIVOS NO COTIDIANO DE UMA ESCOLA – CRIANDO POSSÍVEIS, Vitória, UFES, 2005.


No cotidiano escolar, o tempo vem aparecendo como um problema. A falta de tempo para planejar, a falta de tempo para formação, a falta de tempo para trabalhos coletivos... No entanto, nos últimos anos, os profissionais das escolas em nosso município, têm conquistado tempos: tempo de planejamento, tempo para formação e outros tempos... Mas de que tempo estamos falando?

Asmann (1998, p. 213), conduz-nos a reflexões sobre o tempo. Uma dessas reflexões refere-se à relação do tempo do relógio com o tempo vivido. O tempo “contado”, cronológico é o tempo chrónos – o tempo do relógio. Kairós é o tempo vivido, tempo subjetivo, tempo vivencial. Esses tempos estão numa permanente relação.

O tempo chrónos, às vezes, paralisa os profissionais da escola diante da necessidade de mais tempo. Os profissionais ressentem-se da “falta” de tempo e cada vez mais há uma exigência maior de tempo. Exigência do cotidiano, das necessidades... exigência do sistema educacional, exigência do trabalho, do ter dinheiro, do sobreviver.
Concordamos com Rodrigues e Barros (1992, p. 247):

"Esse tempo, pressionado pela urgência da sobrevivência, produz mais do que “um correr contra o relógio”, um impedimento de encontro com novas vias, novas maneiras de estar no mundo. Tudo já está determinado e o que porventura escapar deve ser rapidamente neutralizado. O tempo deve ser controlado, administrado de tal maneira que tudo passa a ter o mesmo gosto, o mesmo cheiro, o mesmo tempo."

A “falta” de tempo que atravessa o cotidiano da escola relaciona-se diretamente com o uso que se faz dele. O tempo que ele tanto quer está ali, mas ele não consegue vê-lo (O Papalagui).

A utilização do tempo é um dos questionamentos que emergem quando vivenciamos o cotidiano escolar. Aqui começamos a falar do tempo Kairós, o tempo vivido. Esse tempo implica nos múltiplos sentidos e significados dos acontecimentos para cada sujeito, para cada grupo. “Quando experimentamos dor ou prazer, os instantes se tornam subjetivamente assimétricos. Na dor o instante é um sufoco interminável, na espera ele parece estagnar-se e no prazer ele dispara e se esvai” (ASMANN, 1998, p. 216).

Como conjugar o tempo chrónos e o tempo Kairós no cotidiano escolar?
Asmann (1998, p. 232) diferencia o tempo da escola do tempo pedagógico. Para ele, “tempo pedagógico é o tempo dedicado a produzir vivências do prazer de estar aprendendo” e este só se dá “quando seu transcurso cria um espaço e um clima organizativo propício às experiências de aprendizagem”.

A idéia de tempo pedagógico de Asmann, responde a parte dos nossos questionamentos. Entendemos que o tempo da escola, reduzido à contagem de horas, pode não ser um tempo que provocará aprendizagens significativas. Mas, muitas vezes, mesmo na contagem de horas, vivências significativas acontecem, constituindo o tempo em “tempo pedagógico”.

O que a escola vem fazendo com seus tempos – seus tempos institucionalizados, os tempos subjetivos de cada aluno, de cada profissional? – o “tempo da invenção” de outras práticas que se criam no encontro dos tempos, das intensidades...?
O “tempo” escolar é ainda um tempo único, estipulado por toda uma forma de funcionamento escolar, estipulado pelo professor, que “planeja” os seus momentos. Há necessidade de passar de uma atividade para outra e de que todos tenham terminado num mesmo tempo, muitas vezes sem compreensão.

Na lógica hierarquizada e sequencializada da escola, os tempos subjetivos dos alunos, seus ritmos de aprendizagem às vezes são desconsiderados e impostos a um tempo igual para todos (assim também, para todos os profissionais da escola). Esse é um dos grandes dilemas da escola no atendimento à diversidade.

Nesse cotidiano, também se dão rupturas com a “falta” de tempo e com os tempos instituídos. Vão-se criando possibilidades de outros tempos das intensidades que se agitam em nós e nos fazem criar... tempo de criação, de invenção...

Diante de todas essas questões em relação ao tempo, ampliamos nosso entendimento com as considerações de Asmann (1998, p. 235)
"O tempo institucional deveria estar sempre a serviço de um clima institucional que estimule a sincronização entre tempos cronológicos e tempos vivenciados. A criação de condições de aprendizagem requer que a temporalidade institucional seja colocada em função da produção do tempo vivo, ou seja, a serviço de um tempo que se revele fecundo para a construção do conhecimento e para alentar a sensação de alunos/as e docentes de que eles efetivamente se encontram inseridos num tempo pedagógico."

Numa política educacional inclusiva em que se privilegiam os processos coletivos, as trocas de conhecimentos e a colaboração entre profissionais, é necessária a instituição de tempos chrónos para a escola e para os profissionais. Entendemos que, além de criar tempos, os profissionais da escola devem lutar para que lhes sejam dados tempos relógios, buscando condições de desenvolver seus trabalhos. Do mesmo modo, precisam coletivamente discutir os tempos vividos da escola, para que estes sejam ressignificados e transformados em tempos pedagógicos.


Referências:


1 ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
2 RODRIGUES, H. B. C.; BARROS, R. D. B. Retrato de uma intervenção. In: RODRIGUES, H. et al. (Org.). Grupos e instituições em análise. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992. p. 213-248.
3 SCHEURMANN, E. O Papalagui. São Paulo: Marco Zero, 1985.